A transferência do Cesube para a FCETM, mantida pela Aciu, foi a alternativa mais viável para resolver os problemas da instituição. A questão foi discutida em níveis de Ministério da Educação com o Instituto Federal de Educação do Triângulo, com o colegiado do Cesube.
Por isso, foi aprovado nesta quarta-feira, dia 18 de agosto, pela Câmara, o projeto de lei 192/2009, que transfere a mantenedora do Centro de Ensino Superior de Uberaba (Cesube) da Fundação Municipal de Ensino Superior de Uberaba (Fumesu) para a Associação Educacional Dr. Odilon Fernandes/Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba (Aciu).
A Odilon Fernandes é mantenedora da Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro (FCETM), para onde os cursos do Cesube estão sendo transferidos.
A transferência do Cesube para a Aciu é um salto de qualidade na educação de Uberaba e agrega valor para o ensino superior de Uberaba e a população passa a ter mais uma opção. A afirmação é do presidente da Aciu, Karim Abud Maud, garantindo, ainda, que o Cesube não será extinto.
"Foram 13 vereadores que votaram a favor e isso aumenta nossa responsabilidade e nossa luta pela educação. A Aciu ajuda os empresários a partir do momento em que oferta mais possibilidade de melhoria para a diplomação. Estamos cientes da responsabilidade e do compromisso e vou honrar nossa tradição de não encerrar nenhuma turma sem o devido reconhecimento do MEC", diz Abud.
Ele acredita que não terá dificuldades para que o MEC aprove a transferência dos cursos, já que está com toda a documentação. Também lembrou que as inscrições para o vestibular do Cesube estão abertas para os cursos de Ciências Biológicas, Educação Artística, Educação Física, Engenharia Civil e Pedagogia. As inscrições podem ser feitas até esta sexta-feira, dia 21, e as provas acontecem dia 23.
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Em relação aos professores e funcionários, disse que vai tentar aproveitar ao máximo no que for preciso, podendo inclusive buscar professores que já não fazem parte da instituição. Quanto aos funcionários, disse que, para os que não forem aproveitados, tentará colocação via Aciu.
O vereador Godoy, que foi professor e diretor no Cesube, chegou a arrancar aplausos do público, a maioria alunos do curso de Engenharia Civil do Cesube. |
O vereador lembrou dos anos de luta e dificuldade, da direção do Cesube, dos professores, funcionários e alunos, mas que com a aprovação do projeto chegaram à única alternativa possível.
Deu ênfase ao lembrar que o Cesube está presente no cenário nacional e internacional da educação, com vários projetos apresentados, sendo considerada uma faculdade de excelência em educação, além de ter alunos colocados em importantes cargos, e também destacou a excelência da FCETM. "Quando falo do Cesube, a emoção falseia a razão. Trabalhamos em conjunto e atingimos o objetivo, conseguindo uma alternativa para o Cesube. A Fumesu não será extinta porque ainda é preciso cuidar de muitas coisas, como o passivo da entidade.
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O que queremos não é o aqui e o agora, mas ter certeza de que, apesar das mazelas, o Cesube continuará. Temos a fábrica de bloco que irá pagar muitas dívidas e no futuro poderá garantir bolsas de muitos estudantes. Agora temos que acompanhar as ações e a questão de empregabilidade. Pela privatização, sim, mas pela continuidade do Cesube", afirmou, arrancando aplausos.
O diretor-executivo do Cesube/Fumesu, Márcio Humberto Mengatti, afirmou que esta foi a única solução encontrada, já que nenhuma das demais alternativas foi viabilizada. Relembrando o histórico de luta pela manutenção da instituição, Mangatti disse que precisava garantir a vida dos alunos. Ele disse ainda que a Fumesu tem questões jurídicas e financeiras, mas que "isso não apagava o brilho do Cesube na qualificação de profissionais respeitados no mercado".
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Mengatti afirma que agora é agilizar a transferência dos alunos, a desocupação do campus, para que as aulas passem para a FCETM. Em relação ao passivo, destacou que a Aciu não assume nenhum passivo e caberá ao Município, através de auditoria, levantar as pendências e saná-las. "Ainda não tem nada definido em relação à Fumesu e vamos estabelecer estes critérios agora.
Vamos fazer uma reunião com a prefeitura para definir este processo, mas minha ideia é acompanhar a gestão da Fumesu até o final, mesmo porque tenho esta responsabilidade", diz, lembrando que entre estas pendências está o acerto com os funcionários da Fumesu
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Lembrando, que foram apresentadas sete emendas, sendo três aprovadas, três retiradas e uma transformada em redação final. Duas emendas aprovadas são de autoria de Carlos Alberto de Godoy e autorizam a cessão do uso dos bens móveis, equipamentos, livros, laboratórios; outra confirma que os eventuais créditos e débitos de titularidade da Fumesu não serão transferidos para a Aciu e que, em caso de extinção da entidade educacional, os bens serão devolvidos para o município.
A outra emenda, de autoria do vereador líder do prefeito, Cléber Cabeludo, que aumenta o valor dos recursos que a prefeitura vai repassar para a Aciu "para custear as despesas geradas para a instituição que acolherá os cursos transpostos".
Com a emenda, a prefeitura repassará à Aciu, entre o segundo semestre deste ano até 2011, R$ 640 mil. Já a emenda que foi transformada em redação final, de autoria do vereador Marcelo Machado Borges, o Borjão, e co-autoria do vereador Godoy, define o prazo de 365 dias, com prorrogação pelo mesmo tempo, para que a Aciu consiga junto ao MEC a aprovação da transposição. Caso isso não ocorra dentro do prazo estipulado, os cursos retornam para manutenção do Município.
Carmen Amâncio
Assessora de Comunicação da ACIU
Fonte: Andrea