Mailson está otimista com o governo Lula
“Perspectivas da Economia Brasileira”. Este foi o tema abordado pelo ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, durante sua participação, no dia 07 de abril, no fechamento da Semana Empresarial promovida pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba (Aciu), em parceria com outras entidades classistas.
Segundo Mailson a trajetória do PT seguiu exemplos da social-democracia européia para conquistar o poder. “Lula ganhou a eleição porque mudou seu discurso e fez a transição do partido para o Centro. Seu governo é de contrastes e conta com características diferentes entre a Banda A e Banda B”.
Ao comentar sobre as duas Bandas ele disse que a “A” é de gestão macroeconômica responsável com ações competentes em áreas setoriais localizadas. É a que restaurou a confiança no Brasil depois da Crise. Já a “B” é o velho PT, onde a grande parte é denominada pela ideologia e inexperiência.
Para Mailson o presidente mantém a política econômica e preserva os contrastes. “Lula é equilibrista e inteligente, ele gerencia e mantém essas duas áreas através das bandas que são características do seu governo e a sustentação de sua popularidade”.
A Banda “A” transmite confiança para os investidores, gera sensação de bem-estar para os eleitores, além de submeter-se à disciplina do mercado e das urnas. Já a Banda “B” transmite a sensação de mudança para as alas radicais e não se submete a mecanismos de controle instantâneo. Os benefícios e custos segundo Mailson são divididos entre a estabilidade macroeconômica e ambiente para avançar nas reformas e a redução do potencial de crescimento.
Os cenários para 2005 e 2006 tem o lado otimistas e pessimistas sendo grande a chance de sucesso nas reformas, com economia internacional em crescimento. Com relação ao lado pessimista o ex-ministro ressalta que Lula pode perder o rumo e mudar a política econômica, com sucesso parcial nas reformas, além de alguma volatilidade na economia mundial.
Para Mailson da Nóbrega tudo indica que o Brasil vai continuar crescendo apesar de certos pessimismo e da desaceleração recente na indústria. “Teremos para este ano um crescimento da massa real de salários, inflação em declínio, aumento de emprego, negociações salariais com ganho de renda acima da inflação e crescimento de 5 a 6% acima da inflação.
Projeções para 2005:
PIB: 4%
Inflação (IPCA): 6%
Juros (Dez): 17,5%
Taxa de câmbio (Dez): R$ 2,75/US$ 1,00
Balança comercial: US$ 30 bilhões
Investimento estrangeiro: 15 bilhões
Próximos 10 anos
Crescimento anual do PIV+: 4% (ou mais)
Inflação convergindo para 4% ao ano
Crescente concorrência nos mercados
Menor vulnerabilidade interna e externa
Instituições cada vez mais fortes
Empresários reclamam da burocratização na prefeitura
Liberação de ITBI, documentos e alvarás, vigilância sanitária, dentre outros problemas e burocracias encontrados na prefeitura foram temas da pauta da reunião da diretoria da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba e o secretario de governo, José Luis Alves.
O processo de transição na prefeitura de Uberaba, para a administração Anderson Adauto está sendo tumultuado, segundo José Luis. “Até o momento fizemos remanejamento de verba para atender os casos que têm afligido a população, dispensamos funcionários ociosos e diminuímos a folha de pagamento”, afirma.
A prefeitura pretende contratar uma consultoria para implantar uma reforma administrativa, com a fusão de algumas secretarias e desburocratizar a tramitação de processos visando a melhoria no atendimento da população. Comentou ainda que será realizado uma completa reestruturação no serviço de transporte coletivo para possibilitar o uso do bilhete único.
A diretoria da Aciu questionou o secretário sobre vários problemas ressaltando a burocratização e a demora na liberação de documentos. Foram abordados também assuntos relacionados a segurança pública, saúde e a necessidade de implantação de um plano diretor para discutir o planejamento estratégico da cidade.
Visando atender aos anseios dos empresários, José Luis agendou uma reunião entre diretores a Aciu e das chefias e secretários das áreas envolvidas nos problemas levantados.
Fonte: