No momento em que o Brasil é classificado em 88º lugar no setor da educação pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), é bom saber que a nova geração de líderes deste país busca combater esse atraso em relação aos chamados países desenvolvidos. Um exemplo dessa mudança de paradigma é o presidente da ACIU, Karim Abud Mauad.
Em seus projetos de gestão, ele pretende concluir o prédio onde funciona todo o sistema educacional da entidade e implantar cursos profissionalizantes. Um programa administrativo coerente com as demandas do mercado e da comunidade uberabense e um desafio vultoso para a sua diretoria.
Esse espírito de inovação foi justamente o motor do atual sistema educacional da ACIU. Há cerca de quarenta anos, surgiu a ideia de implantar em Uberaba, sob o patrocínio dessa entidade, uma faculdade de ensino superior na área de Ciências Econômicas. O encarregado de conduzir todo o processo de criação da faculdade foi o economista Paulo Vicente de Sousa Lima, com quem tive o prazer de conviver.
De certa forma, fomos parceiros de trabalho, pois ele estava com uma loja na Rua Artur Machado e era cliente da Cartonagem São João Ltda., uma fábrica de malas para viagem, da qual eu era Diretor Comercial. Além disso, víamo-nos na ACIU, nas reuniões semanais.
Foram muitas as dificuldades para que o curso fosse reconhecido pelo MEC, na época ainda no Rio de Janeiro. A cada novo obstáculo apresentado ou criado pelo MEC, do lado de cá estava o aguerrido Paulo Vicente de Sousa Lima a contornar tudo.
Fui um dos portadores de pastas de documentação, currículos de professores e mais adendos a serem levados ao Rio, em cumprimento às exigências feitas pelo competente órgão. Quando recebi as pastas das mãos de Paulo, ele fez um comentário: “Com esta remessa, nada mais falta para que a faculdade comece a funcionar.”
Entretanto, ainda não seria daquela vez que o curso receberia a autorização definitiva. Foi necessária a ida do presidente Léo Derenusson ao Rio, com mais três diretores, para desatar o último nó. E que nó!
Uma vez retirados os entraves maiores, a faculdade pode abrir suas portas, uma vitória marcante de Paulo Vicente de Sousa Lima. Muitos diretores da ACIU deram valiosas colaborações para a faculdade, porém, sem dúvida, é a Paulo Vicente que cabe a paternidade dessa instituição
Mário Salvador
Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro
Fonte: carmen