Um documento contendo reivindicações de diversas entidades classistas de Uberaba e região será entregue ao governador Fernando Pimentel, nesta sexta-feira, dia 24. O objetivo da iniciativa é cobrar mais atenção do governo do estado com a classe empresarial e suas demandas. Segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba – ACIU, José Peixoto, não é de hoje que as entidades classistas do Triângulo Mineiro têm sentido o governo estadual distante e a classe empresarial não está satisfeita com essa postura".
"Minas Gerais, assim como o resto do país, está vivendo um momento difícil, de instabilidade econômica, com problemas em diversas áreas. Porém, não estamos contentes com a postura do governo estadual. Não temos percebido esforços para que sejam encontradas soluções para o alto índice de empresas fechando, o aumento do desemprego e o aumento da insegurança. Queremos e merecemos mais satisfação do governo, pois representamos a classe que gera emprego e renda nesse país e não podemos continuar assistindo a tudo isso de braços cruzados", acrescenta Peixoto.
Segundo Márcio Adriano Bocchio, superintendente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia - ACIUB, a pasta contendo todas as reivindicações e problemas apresentados pelas entidades classistas integrantes do documento, engloba assuntos de diversas áreas. Entretanto, o ponto que mais chama atenção entre os temas abordados é a preocupação dos representantes de classe com o número de fechamento de empresas, o que consequentemente tem aumentado os índices de desemprego e a instabilidade social.
Para o superintendente, enquanto o governo estadual não perceber a necessidade de se adotar uma postura diferente perante o empresariado, criando regimes especiais de tributação e dando mais condições de trabalho para a classe, a crise continuará e tende a piorar. "Ao invés de dar suporte aos empresários de um modo geral, o que o governo tem feito é romper acordos de regime especial e criar mais impostos", afirma.
Márcio destaca ainda que a formulação do documento unificado é o primeiro passo de um movimento das entidades classistas, que está se fortalecendo e que cobrará cada vez mais proximidade e efetividade nas ações do estado. "Falta compromisso do governador com a classe e não vamos apenas entregar esse documento. Estamos criando uma espécie de comissão, com as entidades classistas do Triângulo, e vamos montar uma pauta de reivindicações para cobrar outras ações pontuais, com participação dos deputados e demais autoridades da região. Não podemos esperar por melhoras, sem saber quando virão. Vamos à luta", conclui.