Presidente da ACIU avalia expressivo número de empresas que fecharam as portas em 2016 e afirma que setor do comércio seguirá frágil em 2017
14/02/2017

O número de estabelecimentos comerciais no varejo registrou fechamento líquido de 108,7 mil lojas com vínculo empregatício em todo o Brasil, no ano de 2016. Os dados, levantados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é considerado o pior desde 2005, quando começou a ser apurado. Para José Peixoto, presidente da ACIU, os números são alarmantes e mostram como o setor do comércio está frágil.  

 

"Nunca se fechou tantas portas. E não estamos falando de empresas recentes, de empresários novatos, que se aventuraram ao empreendedorismo sem ter uma estrutura financeira e de gestão. Estamos falando de empresas tradicionais, de anos de comércio varejista", aponta. 

 

Se os números nacionais assustam, os dados mineiros não fogem à regra. Segundo dados da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg), 36.365 empresas fecharam as portas em 2016. Em 2015 esse número foi de 26.989. O setor do comércio registrou maior impacto, foram 17.575 extinções. O setor de serviços contabilizou 15.463 encerramentos e o da indústria apontou 3.597 empresas fechadas. 

 

"Fechar um comércio é  uma  decisão muito difícil para o empresário. Temos visto empresas de anos de tradição em dificuldade. Os últimos 3 anos não têm sido fáceis para quem é do varejo. É uma reação em cadeia, se a economia vai mal e o consumidor está desempregado ou perde poder de compra, o comerciante sente na pele. O empresário começa cortando custos, vai cortando, cortando, e quando vê não tem mais onde cortar e acaba fechando suas portas", lamenta. 

 

Ainda segundo o presidente da ACIU, os números nacionais e da Jucemg, podem ser observados em Uberaba, no que tange o volume crescente de imóveis para locação, principalmente na área central. "É percetível que o comércio foi afetado com a crise. Estamos vivendo o reflexo da instabilidade econômica, do desemprego, da crise moral e ética que nosso país vem enfrentando" pontua. 

 

Peixoto destaca ainda que tem trabalhado, juntamente com sua diretoria, para estar cada vez mais próximo do empresariado uberabense, dando suporte e oferecendo serviços e soluções que auxiliem no crescimento e desenvolvimento das empresas. "Vejo de perto a dificuldade que o empresário uberabense vem enfrentando e estamos trabalhando duro para ajudá-los a transpor esse momento difícil", ressalta.

 

Fôlego para quem está em dificuldade

A oportunidade de saque das contas inativas do FGTS podem ser um respiro para consumidores e empresários. “Como a economia está muito instável há 3 anos, as pessoas estão endividadas e o desemprego está muito alto. A oportunidade de levantar um dinheiro, até então não esperado, pode auxiliar consumidores e empresários a terem um fôlego a mais”, destaca.

 

“É um respiro, não a solução para a instabilidade econômica. Porém , só o fato das pessoas terem um dinheiro "extra" para quitar dívidas, já é um bom começo. Quitando dívidas as pessoas voltam a controlar melhor suas finanças, voltam a se organizar e a planejar investimentos, seja em bens de consumo, viagens ou outros gastos. E isso é um bom começo para voltarmos à normalidade”, conclui.

 

 


Fonte: Assessoria de Imprensa - ACIU
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