Buracos e facões tomam conta da pista no trecho entre Uberaba e Araxá
A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba – ACIU protocolou na tarde desta terça-feira, dia 12, no Ministério Público do Estado de Minas Gerais, um pedido que visa a interrupção da cobrança de pedágio, em trecho da BR-262, entre Uberaba e Araxá. A manifestação foi entregue durante reunião com o promotor João Vicente Davina, da 15ª Promotoria de Justiça.
"É inadmissível que uma rodovia privatizada, que tem uma taxa de pedágio de R$5,30 para automóveis, não realize as benfeitorias necessárias para que a estrada seja trafegável. Não podemos permitir que uma empresa cobre dos motoristas este valor razoável e não cumpra suas obrigações. Com a privatização desta rodovia, a expectativa era de melhoras consideráveis, tanto na parte de infraestrutura, como na parte de sinalização, uma vez que este trecho é perigoso. Mas o que estamos vendo é uma estrada esburacada, com muitos obstáculos, como os chamados facões, que surgem quando o fluxo de veículos acaba formando trilhos nas pistas, principalmente no meio e nas bordas, deixando algumas partes mais altas que outras”, pontua o presidente da ACIU, José Peixoto.
Ainda segundo o presidente, a rodovia citada é muito utilizada para transporte de cargas e isso requer um trabalho constante e atencioso por parte da concessionária. “Não é justo que haja uma cobrança por um serviço que não está sendo realizado. As concessões são feitas com o objetivo de viabilizar melhorias nas rodovias, mas o que percebemos é uma via de mão única, onde a empresa está cobrando por um serviço, que não está prestando com qualidade”, destaca.
"A ACIU representa os empresários uberabenses e recentemente recebemos diversas reclamações de associados, que estiveram trafegando pela BR-262 e tiveram prejuízos de pneus estourados, problemas de suspensão devido aos buracos, uma série de complicações. As estradas abrem caminhos para o desenvolvimento e os uberabenses utilizam diariamente essa rodovia, que precisa estar em perfeitas condições", conclui Peixoto.
O promotor João Vicente Davina acolheu a representação, afirmou que estudará o documento e caso seja necessário, oficializará o Ministério Público Federal (MPF), na hipótese da apreciação do fato ser de competência da união.