Nesta quinta-feira, dia 02, durante “Roda de Conversa” em Uberaba com o vice-governador, Mateus Simões, o presidente da Aciu, Anderson Cadima, entregou um documento contendo pedidos de priorização das obras da BR 262, Filomena Cartafina, além da eliminação da recomposição do DIFAL. No ofício, a instituição classista destacou as condições da BR-262, ligação de Uberaba com a capital Belo Horizonte, relembrando o fato de que a ANTT apresentou, recentemente, estudos de uma nova proposta de concessão para o trecho de 438,90km da BR-262/MG, entre Uberaba/Betim.

Pelo novo projeto, consta apenas a duplicação para mais 44km (10% da extensão total do trecho entre Betim e Uberaba), 127km de 3ª faixa (63,5km, aproximadamente, para cada lado, o equivalente a apenas 15% do total em cada sentido). Ainda de acordo com o documento entregue ao vice-governador, tal estudo trouxe enorme insatisfação para a sociedade uberabense, pois trata-se de um pleito antigo. Pleito este que envolve a duplicação total da via até a capital mineira e a melhoria da rodovia, que encontra-se intransitável e insegura há muitos anos. 

“É importante destacar que o trecho é usado para escoamento da produção agrícola e fabril da região. Precisamos que o governo faça sua parte, revendo este projeto com urgência, para assegurar a duplicação total do trecho entre Uberaba e Belo Horizonte”, pontua Anderson Cadima, presidente da Aciu. Outra via importante para Uberaba e que também integrou os pedidos da Associação Comercial  é a Rodovia Estadual AMG-2595, antiga Avenida Filomena Cartafina, que liga o município de Uberaba ao Distrito Industrial III. Com ordem de serviço assinada em setembro do ano passado, a via recebeu cerca de 10% das melhorias previstas, porém, desde então, devido às chuvas e a necessidade da criação de uma usina de asfalto, a obra encontra-se paralisada. 

A solicitação da Aciu é para que o DER e o Governo do Estado acompanhem esta demanda de perto, a fim de que a empresa possa retomar os trabalhos o quanto antes, visando a conclusão do serviço. O recapeamento da Avenida Filomena Cartafina é uma demanda antiga da cidade. A instituição ressaltou que o trecho recapeado pela empreiteira já se encontra repleto de buracos, sinalizando má qualidade do asfalto e do serviço feito, custeado pelo Estado. Outra briga do empresariado mineiro em geral também foi pauta do ofício, uma luta antiga da classe empreendedora em Minas Gerais, no que diz respeito à eliminação da recomposição do DIFAL. 

“A carga tributária mineira atual para os empresários do comércio varejista possui uma das mais altas alíquotas estaduais do Brasil e isso coloca o empresário em desvantagem em relação às empresas estabelecidas fora do estado de Minas Gerais, em especial os estados de Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e outros. É necessária uma ação urgente do Governo de Minas para incentivar a criação de empresas e a sua permanência saudável dentro do Estado”, salienta Cadima.

A Aciu pede que haja a eliminação da recomposição do DIFAL, uma vez que há a cobrança da alíquota total quando ocorre a venda da mercadoria ou a prestação de serviços. Também pede a eliminação do regime de Substituição Tributária (ST) da maioria dos produtos, a exemplo dos estados de Goiás e Santa Catarina.

O líder classista destaca que a instituição acompanhará os pleitos e que aguarda um posicionamento oficial do governo estadual sobre as demandas e prazos de execução. 

Por Marcela Pires